privado de salvação
tendia para árvore
escorriam de sua boca
hinos de louvor ao chão
veias abertas serviam
de abrigo para larvas
era bonito de se ver
brotar nos olhos dele margaridas
o sol seus poros abria
e deles qualquer coisa pus
o vento dessoprava raso
tinha gosto quase nada
o caminho castigava-lhe
do céu se ouvia:
— João, o que se fez de ti?
então respondia:
— a quem nasce morto,
o renascer é lento, sinhô...
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